Algumas dicas valiosas para auxiliar nossos pesquisadores acadêmicos foram elaboradas pelos professores Cláudio Azevedo e Felipe Caldas, confira:


Dicas Gerais

1 – Pesquisa é um ato de criação. E a criação é uma consequência de ações que envolvem, pensar, ponderar, ler, fazer, escrever, experimentar, ver e viver.

2 – Pesquisa requer tempo, autonomia e comprometimento.

3 – Pesquisar é um conjunto de ações organizadas e sistematizadas a partir de um problema.

4 – A especulação é um passo fundamental no processo de pesquisa, mas ainda não é pesquisa.

5 – Quando você não souber o que fazer, respire... e faça assim mesmo.

6 – Durante o processo não se desespere, faça!

7 – Pesquisar é crivar o caos, de si e do mundo.

8 – Em última instância, você é responsável pelo que faz ou não faz, pelo que diz e pelo que não diz.

9 – Pesquisar não é da ordem da inspiração e sim da transpiração.

 

Tema

1 – Escolha um tema que realmente lhe interesse.

2 – A pesquisa não é sobre o que você sabe, mas justamente o que não sabe.

3 – Não confunda tema de pesquisa com problema de pesquisa.

4 – Não existe pesquisa sem problema.

5 – Não existe tema desinteressante, desatualizado ou frágil, e sim pesquisas desinteressantes, frágeis e desatualizadas.

6 – Não é o tema que faz uma pesquisa interessante, e sim o pesquisador.

 

Orientação

1 – Não espere por seu orientador, faça!

3 – Orientação não significa fazer por você.

4 – Quem deve escrever o trabalho é você, e não o/a seu/sua orientador/a, sob pena de desvio ético que te priva do processo de aprendizado.

5 – Não peça, sugira, ou contrate alguém para escrever o texto por você sob a pena de desvio ético. Você não está enganando somente a banca, está enganando a si mesmo.

6 – Orientação é uma relação de confiança, não de paternidade ou maternidade.

7 – Escolha seu orientador equilibrando afinidade e o tema de pesquisa. Quando não for possível, pense de quem você conseguirá escutar e respeitar palavras duras quando seus argumentos forem divergentes.

8 – Não desestabilize psiquicamente e sentimentalmente seu orientador, para o bem dessa relação e da pesquisa.

9 – Seu orientador não é seu psicólogo.

10 – Caso você não consiga encontrar seu orientador, troque de orientador.

 

Método

1 – Seja pragmático, pense se você conseguirá executar no tempo disponível aquilo que propõe em seus objetivos.

2 – Na dúvida, faça!

3 – Não se iluda, faça o melhor possível.

4 – Cumpra o cronograma para seu próprio bem.

5 – Escolha coerentemente seus referenciais teóricos e artísticos frente a sua intencionalidade.

6 – Todo projeto é passível de modificações durante o percurso e frente as descobertas. Seja flexível!

7 – Equilibre o ler, o escrever e a pesquisa de campo com o fazer artístico.

8 – Em poéticas visuais o fazer e o pensar se dão simultaneamente no ato de fazer e pensar.

9 – Não existe pesquisa em poéticas visuais sem trabalho artístico.

10 – Faça o projeto de pesquisa com todos os elementos que o constituem. O projeto é fundamental para o percurso, independente das transformações que possam ocorrer.

11 – Fazer pesquisa é cuidar do tempo!

12 – Crie um cronograma exequível.

13 – Deve existir uma relação íntima entre problema e objetivo, sob pena de você ter duas pesquisas distintas.

 

A escrita

1 – A introdução é a último trecho de escrita a ser encerrado.

2 – Escreva pequenos textos que juntos comporão um maior.

3 – A escrita não é resultado de pesquisa, mas seu próprio cerne.

4 – Não pensamos para escrever, escrevemos para pensar.

5 – Quando não souber o que escrever, escreva sobre o que não sabe.

6 – A escrita em poéticas visuais está intimamente ligada ao fazer artístico.

7 – Escreva para você antes de mais nada, mas tenha em mente que o texto será público.

8 – O texto é escrito para ser lido além do/a próprio/a autor/a.

9 – O formato do texto deve ser pensado ao lado do tema, da intencionalidade e das características do/a autor/a.

10 – Tenha um diário de pesquisa para escrever sobre os seus processos criativos e o seu contexto de pesquisa.

 

Avaliação

1 – Lembre, a banca irá ler.

2 – A banca não é sua inimiga.

3 – Faça revisão do português.

4 – Mesmo na dúvida, seja confiante e expresse a dúvida com confiança.

5 – Lembre, ninguém sabe mais da sua pesquisa do que você.

6 – Defenda seus pontos de vista, mas esteja aberto as críticas e os olhares divergentes que podem vir da banca.

7 – A defesa é um dos melhores momentos de nossas trajetórias acadêmicas, aproveite!

8 – Fazer pesquisa não se trata de tecer opiniões ou verdades absolutas, mas de construir argumentos plausíveis.

9 – Entregue o texto com antecedência e em tempo hábil para a leitura da banca.

10 – Não convide suas desavenças ou de seu orientador para compor a banca.

11 – É importante compor a sua banca com profissionais que entendam sobre o tipo de pesquisa que você desenvolveu.